Falar da Arab, é falar dos seus associados como um grupo aguerrido e comprometido em manter vivo um hobby de grande importância, que auxilia na comunicação, quando os meios convencionais falham.
Fundada em 22 de Outubro de 1965, quando da 1ª Festa do Tecido, promovida pela Associação Comercial e Industrial de Brusque em conjunto com a Prefeitura Municipal. Na oportunidade foi montado um Stand Shack nas dependências do pavilhão, onde eram transmitidas mensagens para os diferentes pontos do País com os equipamentos do colega PY5SF.
Na noite do dia 22 de Outubro, data consagrada ao Radioamador no recinto da feira, sem saber na verdade de quem teria partido a iniciativa, três radioamadores em destaque registraram a primeira ata com a denominação de Clube de Radioamadores de Brusque, com a sigla CRAB.
Neste dia estavam presentes: PY5 YD – Padre Wandilino Waterkemper – Presidente da Comissão Organizadora; PY5 ATD Miguel Moacir Machado - Tesoureiro e PY5VK Herbert Schilindwein - Secretário.
Radioamadores atuantes em Brusque e labreanos, porém, coube ao Padre Wendilino Waterkemper PY5 YD, a função de ocupar o cargo de primeiro presidente, desta que teria uma trajetória invejável com trabalhos desenvolvidos por seus associados.
Em 17 de Novembro de 1965, reuniram-se no Edifício Matioli, 1º andar, um grupo de radioamadores, onde, oficialmente deu-se a primeira reunião, neste dia foram aprovados os Estatutos Sociais, feita a eleição da diretoria e conselho fiscal, sendo que os presentes foram considerados sócios fundadores do Clube de Radioamadores de Brusque.
Ao longo dos anos, alterações foram feitas nos Estatutos Sociais, sempre com o maior interesse em preservar e manter sério o trabalho dos seus fundadores. Dentre as alterações uma se destaca, quando em 2003 na gestão do Presidente Juliano Cervi, o então Clube de Radioamadores de Brusque, muda sua denominação para Associação de Radioamadores de Brusque, com a sigla ARAB.
Outro momento de grande impacto na história da entidade foi a enchente de 1983.
Enchente de 1983 x Radioamadores de Brusque
Quando das enchentes de 1983 que atingiu 135 cidades de Santa Catarina, e dentre elas, o Vale do Itajaí durante trinta e dois dias em uma das maiores tragédias do Estado até então, existe uma historinha a ser compartilhada:
Como não poderia ser diferente estavam apostos os radioamadores de Brusque para cumprir com seu papel auxiliando no que diz respeito às responsabilidades do clube junto à comunidade, sendo esta de utilidade pública, na época era ainda só municipal reconhecido como Lei Municipal nº 483/71, de 16 de julho de 1971.
Os trabalhos foram baseados na manutenção da repetidora de VHF no Morro do Brilhante – 146.730 Mhz com excelente cobertura desde então. Devido ao tráfego intenso, dito como irregular, com 48 horas trabalhadas sem parar, as baterias, que eram alimentadas por um pequeno carregador, apresentaram sobrecarga.
Com coragem e muito sacrifício sócios ativos do CRAB, tiveram que se deslocar a noite, correndo risco de vida, devido à situação das estradas e ainda o complicado acesso ao Morro do Brilhante, com péssimo estado de conservação, muitas barreiras que impossibilitaram os mesmos a chegar ao topo do morro motorizados, sendo assim, as baterias tiveram que ser transportadas nas costas, abaixo de muita chuva, escuridão e lama. Porém, o COMPROMETIMENTO do departamento técnico, era primordial. Os colegas PP5 ABA – MOTA, sediado no Hospital Santa Izabel (Blumenau), Tontini PP5 MT, sediado no Quartel do 23º BI, PP5 NC – Nobrega, coordenador da Defesa Civil em Blumenau e sediado na Prefeitura, todos mantendo contatos com a coordenação da Defesa Civil em Florianópolis, dependiam da nossa repetidora. E este foi apenas um dos episódios ocorridos nas enchentes de 1983 no que diz respeito aos radioamadores de Brusque.
Esta foi apenas uma das situações em que os radioamadores estiveram apostos com seus equipamentos para minimizar a tragédia. Dias de muita apreensão e medo entre moradores autoridades e a defesa civil.
PU5BNC - NALU COELHO GOMES